quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os técnicos e a milionária dança das cadeiras

Torcedores e jornalistas já estão acostumados com a dança das cadeiras entre os técnicos do futebol brasileiro, mas desta vez um fato raro chama a atenção. Vocês lembram qual foi a ultima vez que tantos treinadores de renome nacional e até internacional estiveram desempregados? Ou melhor, vocês lembram-se de tantos demitidos de seus ex-clubes? Pois é, nada menos que Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira estão dando sopa no mercado. Destes três, o comandante de pior trabalho de longe foi Parreira, que desde que assumiu o Fluminense no Campeonato Carioca não conseguiu dar padrão tático a equipe. É justo falar que o Tricolor Carioca tem um time desequilibrado nas suas posições, alem de conviver com um racha entre parte do elenco que recebe em dia do patrocinador e parte que recebe atrasado do clube. Em um elenco com EdCarlos, a alegria dos atacantes adversários, e Mariano, que não joga nem na minha pelada, não há técnico que dê jeito. Mas a sensação é que Parreira não tem mais paciência para dirigir equipes à beira do campo, ainda mais no Brasil com a total falta de respaldo das diretorias, planejamentos ruins e desorganização dos departamentos de futebol. A solução mais provável para o tetracampeão mundial pela seleção, em 94, tende ser a de assumir um cargo de coordenador. Já com Muricy e Luxemburgo o fato que me chama a atenção é outro. Ninguém questiona a competência dos dois, mas é impressionante e irreal o salário que os dois treinadores recebem ou negociam com os clubes. Luxa recebia do Palmeiras algo em torno de 500 mil reais e Muricy negocia com o Santos a "bagatela" de 430 mil. O detalhe é que a explicação de Marcelo Teixeira, presidente do Peixe, para não ter renovado com Luxemburgo, na sua ultima passagem pelo clube em 2007, foi que precisava enxugar os salários. Não é possível, será que de lá pra cá o Santos passou a nadar em dinheiro? Ou será que o Tio Patinhas virou patrocinador do clube? Não podemos esquecer ainda das altas multas rescisórias, que obrigam os clubes a se endividar ainda mais no caso de demissão, fato que mais dia ou menos dia irá acontecer como estamos vendo hoje em dia. Há muito tempo que o mercado da bola está inflacionado, mas os dirigentes seguem pulando como pipoca em suas cadeiras quando técnico$ gabaritado$ estão sem clube, prometendo mundo$ e fundo$ sem a menor responsabilidade financeira. Mas tudo bem. Afinal, o dinheiro não é deles mesmo.

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O Palmeiras desde que demitiu Luxemburgo e vem sendo treinado por Jorginho, que era técnico do time B, acumulou três bons resultados. Mas peraí minha gente, foram jogos contra o Santos(1 a 1), que vai mal das pernas, além de Avaí(3 a 0) e Náutico(4 a1), que estão na rabeira do Brasileirão. Não acho que Jorginho esteja pronto para dirigir um clube do tamanho Palmeiras ainda. Falta experiência para o novo técnico. Hoje, contra o Flamengo, no Maracanã, será um verdadeiro teste.

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Nada contra o show de 50 anos do rei Roberto Carlos, mas é inadmissível que se continue estragando o gramado do Maracanã com eventos musicais. O Maraca tem como prioridade o futebol. Show só com a responsabilidade dos organizadores em preservar o gramado. E ponto final!

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