quarta-feira, 22 de abril de 2009

A defesa não é o melhor ataque

A final da Taça Rio, vencida pelo Flamengo com justiça, foi um duelo tático já esperado. O técnico Cuca colocou o volante Willians para fazer marcação especial em Maicosuel, que é o principal articulador do meio-de-campo Alvinegro, e assim anular o ataque do time de Ney Franco, matando a jogada em sua origem. O que eu não esperava era que o Botafogo jogasse recuado esperando uma brecha para encaixar um contra-ataque, situação que até aconteceu no primeiro tempo justamente porque Maicosuel levou vantagem sobre a marcação. Já no segundo tempo, Willians levou vantagem e foi então que o Flamengo dominou não somente a posse de bola, mas também as ações ofensivas. No final do jogo, ficou pairando aquela pergunta no ar: Se o Botafogo era o único que poderia ganhar o campeonato naquele jogo por que jogar de forma tão recuada? Afinal, pro Alvinegro perder de 1 a 0 e perder de 10 a 0 não mudaria nada, só deixaria o Campeonato Carioca como já está. Eu, definitivamente, tentaria surpreender o Rubro-negro jogando no ataque, que, na verdade, sempre foi o forte do Glorioso neste Estadual.

Não esperem que no primeiro jogo da final o panorama mude muito, até porque nenhum dos dois times vai se arriscar ao ataque e correr o risco de levar um placar que não possa ser revertido na segunda partida. Mas podemos torcer por um dia mais feliz tecnicamente de ambos os times, o que não aconteceu na final da Taça Rio.