terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um primeiro tempo bem brasileiro

O Brasil só precisou jogar bem o primeiro tempo para derrotar a atual campeã mundial, Itália, por 2 a 0, no Emirates Stadium, na Inglaterra. E isso aconteceu justamente pela Azurra fugir de suas características táticas. A Seleção Italiana, pasmem, jogou no ataque na primeira etapa, o que proporcionou ao Brasil ter espaço para atacar. Erro imperdoável. Por mais que a seleção do técnico Marcello Lippi seja boa, é suicídio tentar jogar de igual para igual com a Seleção Canarinho, ainda mais colocando de lado toda a tradição defensiva e eficiente do futebol italiano. Digo eficiente porque não dá para negar tal coisa a uma seleção tetracampeã mundial. Robinho, o melhor em campo, deu um belo passe para Elano marcar o primeiro gol e fez um golaço no segundo. Um gol no melhor estilo brasileiro, com malandragem para roubar a bola de Pirlo, um drible desconcertante em Zambrota e um chute certeiro no canto. Unindo técnica e objetividade. O lateral italiano deve estar procurando Robinho até agora. Elano participou bem da partida, mas quem me impressionou mesmo pela tranqüilidade foi Felipe Melo. O volante estreou muito bem, com boa marcação e ótima saída de bola. Quando convocado, a mídia desceu o pau no jogador, mas a verdade é que a maioria não viu um jogo sequer de Felipe Melo pela Fiorentina. Todos os criticaram pelas suas passagens por Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e diversos clubes médios da Espanha. Futebol é momento e o momento de Melo é bom na Itália. É bem verdade que, com as substituições de Lippi, a Azurra melhorou na segunda etapa e perdeu algumas chances. Isso aconteceu principalmente pela acomodação da Seleção Brasileira que jogou com o resultado na mão, tentando fazer o tempo passar com uma dose de firula desnecessária. Porém, quer gostem ou não, o técnico Dunga ganhou mais uma sobrevida na seleção.

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